quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fazer um bom café exige firme e determinada delicadeza. Que nem amor!

Por Clara Favilla
Para a querida @ maria_lima que não pode comparecer por conta da votação do Salário Mínimo pela Câmara.Ossos do ofício!

Meninas do @cafeveneno, quem não foi ao encontro de ontem, por bons ou injustificados motivos, no Dona Lenha da 413 Sul, perdeu!

Perderam a experiência única, complexa e quase inenarrável de assistir o Ricardo @kassati  com a maestria que lhe é peculiar, além da riqueza detalhes, ensinar nosso querido @eduardobadu (Sim, o Baduzinho pros  amigos mais antigos,da grande e aristocrática família Balduíno!) a fazer café de verdade!


Badu e Ricardo, primos-irmãos, são o retrato mais fiel da família brasileira, integrada por pessoas de todas as matizes. Ou seja, Baduzinho entraria na UnB pelo sistema de cotas. Ricardo, tadinho, não! Os dois entraram por mérito, fazendo vestibular! Como saíram, deixo que expliquem!!!

Sim, café de verdade e não aquele goiano ou mineiro que se faz fervendo juntos água e grão moído numa caçarola de alça comprida. O precioso grão, depois de cozido e morto (enquanto sabor e aroma), borbulhando em farta espuma caramelo, é  então derramado naqueles enormes coadores de pano de textura e aparência, no mínimo bizarras, feito na máquina de costura, pela vovó. Esqueci que cafezinho mineiro e goiano também é adoçado até virar melado, antes mesmo de coado.

 
Prestem atenção na sequência das fotos: Na primeira, pura descontração. Na segunda, o mestre fala e o aprendiz escuta calado. A terceira, mesmo fora de foco, está aí porque demonstra uma parte importante do ritual: retirada de parte da borra antes de fazer o press que substitui com muitas vantagens a coação. Foi lindo de se ver o Badu chegando com o Kit completo para a grande aula, numa ecobag: cafeteira, grão (Bourbon Vermelho) e moedor.

Deve-se pressionar o restante da borra em direção ao fundo da cafeteira, mas com certo cuidado no emprego da força porque ela é de vidro e, portanto, frágil. Ou seja, café é igual amor, deve ser feito com firme e determinada delicadeza

Meninas vocês podem até assistir outras performances do Badu. Mas será sempre uma segunda, terceira, ou quarta vez, até ele virar expert. Mas nós, eu e a @ruthsimoes participamos da primeira vez. E , como sabem, mesmo antes daquela propaganda de lingerie: da primeira vez ninguém se esquece. Inda mais se for uma experiência cheia de amor e cuidados, embalada por paciência, simpatia e já muito amor nosso pelos meninos é claro! Nossa convicção, absoluta!, é que somos plenamente correspondidas.

Antes do café, nosso jantarzinho, que ninguém é de ferro. Os meninos vieram direto do trabalho, de um Congresso que ferveu ontem com a votação do Salário Mínimo. Eu fui direto de casa e a Ruth da missa das quartas com toda a família. Sim ela reza! Orai também por nós querida!
Nossa tinha esquecido que a amiga é canhota. Ou seja é do ramo das bruxinhas, daquelas que só fazem o bem não importa a quem. No momento ela está nos fazendo um bem enorme com sua graça e companhia.

Nota da editora, apuradora e pauteira:
A próxima reunião conjunta do Café & Conversa/Café & Veneno será na casa do nosso amado  Badu. O convite partiu dele. Então, esperemos que marque a data pra loguinho.
Quem será a bola da vez no aprendizado de um bom café? Aceitamos candidatos!

2 comentários:

  1. Clara, como sempre escreveu com graça e leveza. Imagino a aula para vocês amantes do café de grão refinado. Parabéns ao Badu pelo curso e ao Kassati pelos ensinamentos.

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  2. Você é fofa! Continue nossa leitora e colaboradora fiel. Bjs

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