quinta-feira, 3 de março de 2011

O Rio de Janeiro, fevereiro e março... Abram alas, que eu quero passar!

por Cris Lopes

Lá fui eu toda serelepe ao Leblon. O motivo da ida ao bairro das celebridades era um exame médico. Difícil foi chegar lá. Trânsito impossível, tudo engarrafado. Blocos e mais blocos nas ruas como é comum no carnaval. No Leblon, em frente ao centro médico, um bloco bem gostoso estava armando a concentração. Gente bonita não faltava. Batucada boa e pasmem choque de ordem funcionando na maior organização.

Camelôs ajudam quem não saiu de casa "arrumado" a se ajeitar na rua
                                                      
Vendedores de cervejas e refrigerantes uniformizados, credenciados e não se embolavam nas pessoas como sempre acontece. Seria perfeito se pudéssemos beber de alguma marca que não fosse a Boa (Antártica), a tal que patrocina o carnaval de rua. Pelo caminho camelôs conseguiam vencer a segurança e vendiam adereços carnavalescos. Homens cumprindo a lei e fazendo fila para os banheiros químicos, dezenas deles para homens e mulheres. Xixi na rua? Prisão na certa e o povo já aprendeu.

Marco e eu ficamos vendo o bloco, sacudindo-nos um pouco e depois resolvemos que pegaríamos um ônibus para casa, via Copacabana. Foi a nossa besteira. Mais de uma hora para atravessarmos Ipanema,. Mais blocos, e dos bons. Simpatia É Quase Amor se concentrando na General Osório, Bloco dos Mendigos e... muitos outros.

O bloco Simpatia quase amor na Vieira Souto
                                                      
Eu sou da turma que se amarra no Simpatia É Quase Amor. Hoje, já não me empolgo como antes. O bloco ficou imenso, com mais de 100 mil pessoas, mas tem a vantagem de passar pela orla de Ipanema; e nos propiciar um mergulho para aliviar o calor. Também sou do Barbas, do Bloco da Segunda, do 36 (aqui de Botafogo), da Banda de Espuma... desisti do Bola Preta. Fico tensa com aquele montão de gente imprensada entre prédios.

O Bola Preta que ficou imenso, no centro do Rio
                                                     
Passou meu tempo do Bola, do Suvaco do Cristo, mas nesta época, garanto, se passar uma batucada onde eu estiver, largo tudo, coloco a camiseta e vou embora, sambando cheia de alegria. É festa democrática. Canta-se, bebe-se, samba-se e conversa-se com todo mundo. Brigas? Nunca vi. O que vejo são jovens fantasiados, senhores e senhorinhas com rosas nos cabelos, camiseta do bloco e uma outra que como eu ainda se dá ao luxo de sair com a camisa do Pacotão. Sim, a camisa do Pacotão 2011, presente mais do que bem recebido. Tenho as de todos os anos, desde o início.

Camisa do Pacotão de Brasília (esquerda) também desfila no Rio
                                
Em tempo: dizem pela cidade que o Suvaco do Cristo é o bloco com maior concentração de gente bonita. Verdade, mas vi isso também na banda do Leblon. Para quem gosta de celebridades, lá estavam todas posando para os paparazzi. Ah, a Lei Seca também estava por lá, distribuindo folhetos entregues por cadeirantes a serviço do Detran. É o Rio, gente, carnaval. Esperem para ver mais.
Queridos, o Rio de Janeiro, fevereiro e março continua lindo e agora está organizado.

3 comentários:

  1. É isso mesmo!
    Me senti nas suas linhas.
    O Rio vai entrando nos eixos, devagar, sim, mas em definitivo.
    Valeu e ótimo carnaval...nos vemos no Barbas!!!!

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  2. Um bom registro do pulsar das ruas do Rio neste período. Cris, a criatividade popular não poupa nem Jesus? "Suvaco de Cristo"...

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  3. Que delícia. que vontade de estar aí curtindo o carnaval de blocos do Rio. E ainda mais, oirganizado! tudo de bom.
    ///~..~\\\

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